quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O esperado encontro entre Obama e Hu Jintao

Por Chris Buckley e Matt Spetalnick
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pressionou na quarta-feira seu homólogo chinês, Hu Jintao, a permitir a valorização do iuan e a melhorar a situação dos direitos humanos em seu país.
Em meio à pompa de uma visita de Estado, os dois líderes falaram apaixonadamente sobre cooperação, mas não apresentaram nenhuma novidade -- nem progressos significativos -- sobre uma série de disputas que marcam as relações bilaterais, como comércio e segurança.
Praticamente a única concessão de Hu Jintao foi um acordo comercial de 45 bilhões de dólares, aparentemente destinado a atenuar o sentimento antichinês nos EUA e permitir que Obama alardeie a geração de empregos, num momento em que a taxa de desocupação entre os norte-americanos continua teimosamente acima dos 9 por cento.
"Demonstramos que os Estados Unidos e a China, quando cooperamos, podem receber benefícios substanciais", disse Obama na entrevista coletiva ao lado do líder chinês, na Casa Branca.
Mas logo o presidente norte-americano entrou em um dos aspectos mais delicados da relação bilateral, ao dizer com todas as letras que a moeda chinesa continua excessivamente desvalorizada. Críticos da política cambial de Pequim dizem que isso reduz a competitividade das empresas norte-americanas.
"Precisa haver um maior ajuste na taxa de câmbio", disse Obama.
Hu Jintao ouviu as queixas feitas por Obama na entrevista coletiva, mas não as comentou, mantendo dessa forma o mistério sobre as intenções da China sobre essa candente questão.

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