sábado, 8 de janeiro de 2011

Lenha na fogueira

Por Fabrícia Peixoto
A recente alta dos alimentos no Brasil e no mundo está diretamente relacionada ao crescente consumo na China e à quebra de algumas safras, mas analistas ouvidos pela BBC Brasil também apontam a influência de especuladores nesse processo.
No Brasil, os preços de alimentos e bebidas subiu 10,3% no ano passado, puxando a inflação no país para cima. O IPCA de 2010 cresceu 5,91%, segundo o IBGE.
Com juros praticamente zerados no mercado americano, grandes investidores estariam migrando para aplicações mais rentáveis – dentre elas as commodities agrícolas.
“É algo difícil de comprovar em números, mas há alguns sinais de que esses investidores estejam migrando para os contratos futuros com produtos agrícolas”, diz o economista da FGV-SP Paulo Picchetti.
Criados para proteger financeiramente o agricultor das incertezas do campo, os contratos futuros passaram também a ser fonte de ganho para todo tipo de investidor, incluindo os “grandes” do mercado, como os fundos de hedge.
Quanto maior o volume de contratos negociados, maior a tendência de alta das commodities agrícolas e, em consequência, do preço dos alimentos nas prateleiras.
Um levantamento da agência da ONU para a agricultura e segurança alimentar (FAO), divulgado na última quarta-feira, indicou alta recorde nos preços dos principais alimentos em dezembro do ano passado.
O patamar de preços está próximo ao de 2008, período pré-crise financeira internacional, quando economistas de todo o mundo temiam uma crise de alimentos.
‘Lenha na fogueira
“Não há dúvida de que temos um movimento especulativo por trás da alta dos alimentos”, diz Arnaldo Correa, da Archer Consultoria, especializada na negociação de commodities.
Segundo ele, a presença de investidores diversos no mercado futuro de commodities não chega a ser o “principal responsável” pela alta dos alimentos, mas sim um “fator adicional”.
“Podemos dizer que o especulador põe lenha na fogueira, ou seja, ele procura um investimento com tendência de alta e acaba contribuindo para essa alta”, diz o analista.
Uma das dificuldades dos reguladores e dos agentes de mercado é mensurar o “tamanho” do público especulador, já que, no sistema financeiro, não existe essa distinção.
Um sinal desse movimento pode ser o volume de contratos negociados. No último trimestre do ano passado, a média diária de contratos agrícolas negociados na Bolsa de Chicago ficou 40% maior do que o registrado em 2009.
Os contratos de juros, por exemplo, cresceram 27% e o de moedas estrangeiras, 18% no mesmo período.
Mas, apesar da contribuição de especuladores para a alta de preços, a presença desse tipo de investidor no mercado futuro não é “necessariamente ruim”, na avaliação de Correa.
“Por um lado esse tipo de investidor está apenas preocupado com o lucro, mas também carrega um risco enorme, coisa que o agricultor muitas vezes não pode fazer”, diz.
“Além disso, eles ajudam a dar liquidez ao mercado, o que facilita a negociação dos contratos”, acrescenta o consultor.
Aumento de Demanda (China e Aquecimento na economia Brasileira)+ Diminuição dos estoques (Fatores Ambientais) + Especulações de commodities agrícolas = 2,34 dos 5,91 da alta da Inflação, ou seja, 40%.

Entenda a alta da Inflação (IPCA)

O principal índice de inflação do país, o IPCA, encerrou o ano de 2010 com uma alta acumulada de 5,91% - o maior número dos últimos seis anos. O dado foi divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou bem acima do registrado em 2009, quando o índice subiu 4,31%, e está próximo ao patamar de 2008, quando fechou em 5,90%, em um cenário de forte pressão inflacionária.
O aquecimento da economia brasileira, com desemprego em queda e renda em alta, além da valorização de algumas commodities agrícolas no mercado internacional, são apontados como as principais razões da retomada da inflação em 2010.
Para este ano, a expectativa do mercado é de que a inflação continuará preocupando e deverá ser um dos principais desafios da equipe econômica do governo Dilma Rousseff. Os economistas ouvidos pelo boletim Focus do Banco Central prevêem um IPCA de 5,32% em 2011.
Entenda o que levou à alta da inflação em 2010 e as perspectivas para este ano.
Por que os preços subiram tanto em 2010?
Os economistas apontam duas razões, em especial: o aquecimento da economia brasileira e a alta dos preços dos alimentos no mercado internacional.
No primeiro caso, a explicação está relacionada a fatores internos. O Brasil foi um dos países que mais rápido saiu da crise financeira internacional, com a melhora de diversos indicadores já em 2010.
Com desemprego em queda e renda em alta, os brasileiros voltaram a consumir no ano passado. Em um ano, o nível de crédito no país cresceu 20%, chegando a 46,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
“A alta dos preços também é reflexo desse aquecimento da demanda, em meio ao crescimento econômico do país”, diz a economista Ariadne Vitoriano, da Rosenberg & Associados.
Mas a inflação brasileira em 2010 não foi influenciada apenas pelo lado da demanda. A valorização das principais commodities agrícolas no mercado internacional também tem contribuído para alimentos mais caros.
A cotação do café em grão, por exemplo, ficou 37% maior em um ano, enquanto o açúcar subiu 29% nos mercados internacionais.
O que está por trás da alta dos alimentos?
A forte recuperação econômica dos países emergentes, sobretudo a China, fez com que a demanda por alimentos subisse rapidamente e, em conseqüência, seus preços.
Estima-se que a renda dos chineses esteja crescendo a uma velocidade de 20% entre os mais pobres, criando condições para que milhões de pessoas possam melhorar sua alimentação.
O preço da soja reflete bem esse processo. Mesmo com safras recordes nos principais mercados produtores, entre eles Brasil e Argentina, o preço do grão continuou em alta, graças, sobretudo, ao consumo chinês.
Diversos outros alimentos também seguiram tendência de alta no ano passado, como carnes, açúcar, café e algodão.
Em alguns casos, como do trigo, o preço também foi influenciado por questões climáticas. Fortes secas na Rússia e na Argentina reduziram os estoques e puxaram os preços para cima.
De acordo com o órgão das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que acompanha mensalmente o preço de uma cesta com 55 commodities agrícolas, os valores registrados em dezembro do ano passado foram os maiores desde 1990, início da série histórica.
Como essa alta dos alimentos está se refletindo no Brasil?
O grupo alimentos e bebidas tem uma forte participação na inflação do país, com um peso de 23% no caso do IPCA. É por esse motivo que, quando os preços dos alimentos sobem, o índice tende a acompanhar.
Em 2010, os preços desses itens subiram 10,30%, contribuindo com 2,34  pontos percentuais (40%) da alta inflacionária.
O brasileiro tem sentido esse processo diretamente no bolso: em um ano o preço da carne subiu 30% e o feijão, 51%.
Mas apesar da forte influência, não foram apenas os alimentos que puxaram a inflação para cima em 2010.
Os aumentos nos valores dos aluguéis (7,4%) e condomínio (7,1%) também foram significativos no ano passado. Outros serviços também cresceram acima do IPCA, como empregados domésticos (11,8%) e cabeleireiro (8,1%).
“Ao contrário de períodos anteriores, quando outros setores não acompanharam a alta, dessa vez vemos um aumento de preços quase generalizado”, diz o economista Paulo Picchetti, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e especialista em inflação.
Uma das razões, segundo ele, está no fato de alguns índices de preços no atacado, como o IGP – que reflete ainda mais a alta dos alimentos – ainda serem usados como indexador de diversos contratos no país, causando um efeito cascata no reajuste de preços.
O que o governo tem feito para segurar a inflação?
Um dos mecanismos mais utilizados pelos governos no combate à inflação é o aumento dos juros, que torna o crédito mais caro e tende a reduzir o ritmo de consumo.
Diante dos sinais de alta generalizada dos preços, o Banco Central do Brasil iniciou um novo ciclo de aumento dos juros em abril do ano passado. A taxa foi elevada por três vezes consecutivas, saindo de 8,75% para 10,75%. Desde a reunião de julho, porém, não houve mais qualquer alteração.
A manutenção da taxa básica de juros em um cenário de inflação em alta despertou críticas entre alguns analistas de mercado, para quem a taxa básica de juros (Selic) deveria estar em um patamar mais alto para combater a inflação.
Outra medida tomada pelo governo brasileiro foi o aumento do compulsório – dinheiro dos bancos que fica retido pelo Banco Central.
Ao retirar R$ 61 bilhões de circulação, no final do ano passado, o objetivo da autoridade foi o de reduzir a liquidez do mercado e, assim, “encarecer” o crédito, uma medida com resultado similar a um aumento nos juros.
Como deve ficar a inflação em 2011?
A previsão do mercado é de que a inflação continuará em um patamar elevado, em função da alta dos alimentos, que ainda não deu mostras de arrefecimento.
Segundo levantamento semanal do Banco Central, o IPCA deverá encerrar o ano de 2011 com alta de 5,32%.
Na avaliação de Paulo Picchetti, a inflação deve se estabilizar ao longo do ano. “É importante lembrar, no entanto, que isso não significa recuo nos preços”, diz.
Ainda de acordo com o economista da FGV-SP, essa estabilização deve começar a partir do 2º semestre, quando os preços das commodities deverão atingir um “limite”.
Com o início do governo Dilma Rousseff, é possível esperar medidas adicionais no combate à inflação?
A nova presidente tem dado sinais de que pretende colocar em prática algumas medidas de ajuste fiscal – o que a médio prazo poderá ter um efeito benéfico sobre a inflação.
Um dos planos já anunciados é um corte de R$ 20 bilhões no orçamento deste ano, mas o assunto precisa ainda ser detalhado e encaminhado para aprovação no Congresso Nacional.
Ao enxugar seus gastos, o Estado contribui para a redução dos preços, na medida em que reduz o ritmo de dinheiro em circulação (liquidez).
Segundo Picchetti, o futuro da inflação também está diretamente relacionado à “credibilidade” do novo governo.
“A credibilidade é um aspecto de extrema importância nesse processo. Ela mexe com as expectativas das pessoas, que por sua vez influenciam algumas decisões quanto a reajustes de preços”, diz o economista da FGV-SP.
“Por isso é importante que as metas do governo, como a do superavit primário, sejam colocadas e perseguidas de forma clara e transparente”, acrescenta.
Fonte: BBC Brasil

Estudo sociológico da era Lula

Por Edmilson Lopez Junior:
No final da década de 1950, Wright Mills, um dos mais brilhantes cientistas sociais norte-americanos da segunda metade do século XX, chamava à atenção, em uma obra intitulada A imaginação sociológica, para o fato de que as pessoas tendem a reclamar dos seus problemas cotidianos buscando causas explicativas no seu entorno imediato. Para ele, a maioria das não consegue estabelecer relações causais entre os sofrimentos vivenciados individualmente e as estruturas sociais mais amplas, expressas em tendências econômicas, dinâmicas demográficas e relações de classes, dentre outras. Ao contrário do que pensava o grande sociólogo não são apenas as "pessoas comuns" que agem assim. Ultimamente tem sido essa também essa a reação de muitos dos que se pretendem analistas do mundo social no Brasil. Em especial quando o objeto de análise diz respeito, direta ou indiretamente, ao governo do agora ex-presidente Lula.
Na última semana, marcada pela despedida de um presidente com inéditos 87% de avaliação positiva por parte da população, assistimos ou lemos os nossos "bem pensantes", especialmente aqueles auto-identificados como "cientistas políticos", produzindo lugares-comuns e vendendo-os como análises científicas. Nestas, via de regra, a popularidade do ex-presidente resultaria de sua "capacidade de comunicação", dos ventos favoráveis da economia internacional e do Programa Bolsa-Família. Platitudes e lugares-comuns substituem, assim, a necessidade de perscrutar com mais rigor a realidade.
Poucos analistas se preocuparam em produzir alguma explicação para o espantoso fato de que a popularidade do ex-presidente tenha ocorrido concomitante a uma das mais agressivas reações dos principais órgãos da imprensa nativa a um Presidente da República. Para usar surrado bordão, nunca antes na história deste país um mandatário foi tão hostilizado, quando não ridicularizado, como o Lula durante os últimos oito anos.
Como o bolsa-família, o Prouni e as políticas de micro-créditos, dentre outros instrumentos de transferência de renda, não atingem, nem de longe, aquele contingente populacional que, a cada nova pesquisa, identificava o Governo Lula como "ótimo" e "bom", restou aos "bem-pensantes" apelar para o velho preconceito de classe: os "de baixo" não teriam muito apreço pela ética. Ou pelas instituições democráticas.
Houve quem chamasse a atenção para o "carisma" do ex-presidente. Mas este foi definido como uma característica pessoal. Mesmo gente que citava Max Weber, autor de célebre elaboração sobre a "dominação carismática", esquecia que, para o pensador alemão do início do século, carisma, na vida política, é um fenômeno relacional, não uma particularidade desse ou daquele indivíduo. Analisar os motivos e reações dos "seguidores" do líder supostamente "carismático" é sempre o exercício mais importante. Exatamente o que era apenas superficialmente tocado.
Os "bem-pensantes" esqueceram as pessoas. E estas, ao contrário do supõem os que se alimentam dos próprios preconceitos que secretam, são reflexivas. Fazem comparações e escolhas. Entre um lado que fazia discursos "em defesa da ética", mas ainda ontem praticara uma selvagem "privataria", e o lado que apresentava políticas sociais que tiraram 15 milhões da pobreza, incluíram milhares de jovens no ensino superior e provocaram um positivo curto-circuito em economias locais de recantos esquecidos desde sempre, as pessoas escolheram o segundo.
Novos atores entraram em cena. Tornaram-se visíveis. Mais do que isso, cidadãos. E, em conseqüência, também consumidores. Abarrotaram as ruas de comércio popular, mas também os shoppings e os aeroportos. Não poucos ficaram incomodados com essas novas companhias nos seus espaços. Afinal, "praias" durante tanto tempo exclusivas foram "invadidas".
O incômodo de alguns setores tradicionais ante a emergência desses novos cidadãos alimentou a narrativa preconceituosa dominante na imprensa. Os bem-pensantes contribuíam com suas "análises" a respeito do "populismo". Os menos sofisticados falavam em "bolsa-esmola"...
Passado o vendaval das fortes emoções provocadas pela presença de Lula no centro do palco, é tempo de se produzir uma rigorosa e crítica sociologia da "Era Lula". Quem desejar assumir essa tarefa deve se lembrar de um alerta, formulada há décadas por outro grande cientista social, este brasileiro, que apontava a necessidade de superarmos análises que apenas "arranham a superfície" dos fenômenos. Refiro-me a Florestan Fernandes, alguém que desdenhava, com ironia corrosiva, o mundo pintado pelos bem-pensantes.

A Vale não foi privatizada, foi DOADA

Reprodução do post do Blog do Pimon


HORA DE COBRAR

Extraído do site Carta Maior:
VALE  PAGA MENOS ROYALTIES QUE A PETROBRAS
O tucano Roger Agnelli, presidente da Vale, está com os dias contados na direção da empresa  privatizada por FHC  em 1997. Seu mandato termina em março e não será prorrogado. O governo Dilma, através dos fundos de pensão das estatais e do BNDES (sócios da Vale), tem condições de interferir na sucessão. Agnelli travou uma queda de braço com o governo Lula nos últimos anos tornando-se um personagem à altura daquele que foi o mais indecoroso capitulo do processo de  privatização realizado pelo PSDB nos anos 90.
Vendida  quando era a principal estatal brasileira, a Vale rendeu ao Estado a  bagatela de  R$ 3,3 bi,exatamente a metade do lucro líquido obtido em um único  trimestre de 2010 (R$  6,6 bi entre abril/junho do ano passado). FHC  não tremeu a voz  ao narrar uma fábula tucana no programa‘Palavra do Presidente’, em 26/11/1996: ‘Vendendo a Vale’, justificou, ‘ nosso povo vai ser mais feliz, vai haver mais comida no prato do trabalhador ‘.
Nos  últimos anos, Agnelli  resistiu aos apelos do Presidente Lula para traduzir ‘a felicidade’ prometida por FHC em investimentos  que agregassem valor às exportações  brasileiras, em vez de simplesmente produzir buracos no país mandando minério bruto para o exterior. Não o fez. Pior que isso, a exemplo de todo o setor de mineração, a Vale  paga à sociedade menos royalties do que a Petrobrás: 2% contra 10%. Se reverter o processo de alienação tornou-se difícil, que se obtenha da mineradora, ao menos, uma alíquota dos lucros equivalente à propiciada pela estatal que mais adiciona investimentos à economia.
No momento em que o governo da Presidenta Dilma se propõe a erradicar a miséria no país, é hora de cobrar uma contribuição justa de quem há 13 anos usufrui riquezas, sem contrapartida proporcional. Não basta trocar Agnelli, é preciso trocar a lógica da espoliação.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Sem moral pra falar.

Saiu no Nassif
Por rita
olha lá. mas um erro em provas. desta vez os erros apareceram nas provas dos professores paulistas que querem enfrentar  a rede estadual nesse ano de 2011. são os chamados professores temporarios. a informação está no site do uol.
Da Folha
Percentual se refere às questões para professor temporário de ciências; para educação física, foram 13 erradas entre 80
Itens errados serão considerados corretos, o que deve aumentar o número de professores aprovados nessas áreas
TALITA BEDINELLI
DE SÃO PAULO

A prova aplicada para professores temporários da rede estadual de São Paulo no final do ano passado teve até 20% das questões com erros na elaboração.

Cerca de 161 mil professores fizeram a avaliação, segundo a Secretaria Estadual de Educação. Os aprovados se tornam aptos a lecionar durante este ano letivo.

Professores de psicologia (que podem lecionar na área de ciências, por exemplo) tiveram 16 das 80 questões do teste erradas. De educação física, 13; de sociologia, 5; e de ciências físicas e biológicas e de matemática, 4 cada.

Todos os outros 18 tipos de prova, no entanto, tiveram duas questões da prova de formação básica erradas.

Essas questões serão consideradas corretas, o que deve aumentar o número de docentes considerados aprovados nessas áreas.

Isso porque para ser aprovado o candidato precisa ter acertado ao menos 40 questões das 80 da prova. Quem tiver 32 acertos e pelo menos cinco anos na rede também será aprovado porque os oito pontos faltantes são completados pelo tempo de serviço.

Assim, o professor de psicologia que tiver cinco anos de trabalho só precisará ter acertado outras 16 questões. E o de educação física, 19.

"Isso torna a avaliação desproporcional. Vamos conversar com o governo sobre isso", afirma Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp (sindicato dos professores de São Paulo).

As provas foram aplicadas pela Fundação Carlos Chagas, que recebeu do governo R$ 7,8 milhões para um "pacote" de avaliações -além da prova para os professores temporários, a avaliação aplicada na última etapa do concurso para a contratação de professores e a prova de promoção por mérito -que determina o aumento que será dado aos docentes.

Os professores temporários podem escolher as aulas que sobram após a escolha dos professores efetivos. No ano passado, eles correspondiam a 46% do total da rede. 

E o ENEM?
0,045% de erro de 4.6milhões de provas.
Preciso falar mais alguma coisa?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Mercado Cambial

BC usa compulsório para reduzir aposta em dólar baixo


Por Isabel Versiani e Ana Nicolaci da Costa
BRASÍLIA (Reuters) - O Banco Central anunciou nesta quinta-feira a imposição de um depósito compulsório sobre as posições cambiais vendidas dos bancos, elevando o custo das apostas das instituições na queda do valor do dólar.
O novo recolhimento tende a contribuir para conter a valorização do real, que prejudica as exportações brasileiras, e seu anúncio ocorre dois dias após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ter afirmado que o governo tem "infinitas medidas" para segurar o câmbio.
Ao anunciar o novo compulsório, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, afirmou que o objetivo foi prudencial, uma vez que, ao longo de 2010, os bancos reverteram de uma posição comprada de 3,4 bilhões de dólares para uma posição vendida de 16,8 bilhões de dólares --a mais elevada da série, iniciada em 1994.
Uma posição vendida em dólar significa que o banco é devedor na moeda norte-americana, o que pode significar uma aposta na queda do seu valor.
Caso nenhum banco se disponha a ter de recolher ao BC o novo compulsório, que não será remunerado, a posição vendida do sistema cairá a 10 bilhões de dólares em três meses, quando começa a vigorar a medida, disse Mendes. Para a reversão das posições, os bancos precisarão comprar dólares, o que geraria uma demanda nova pela moeda norte-americana.
"Considerando apenas esse fator isoladamente, a princípio ele vai gerar alguma demanda por dólar. Ao gerar alguma demanda por dólar, tende provavelmente a fazer com que a cotação suba", afirmou Mendes a jornalistas.
O novo compulsório passará a valer em 4 de abril e os recursos serão recolhidos ao BC em espécie. O depósito será de 60 por cento sobre a posição que exceder o menor dos seguintes valores: 3 bilhões de dólares ou o patrimônio de referência dos bancos.
Para Roberto Padovani, estrategista-chefe do WestLB, a medida "não terá efeito massivo no mercado". "Medidas tendem a atenuar apreciação cambial, mas não reverter, é mais um estilingue. No final, continuamos submetidos aos agentes externos." 


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Pra descontrair.......

Fabio Porchat é um dos redatores do programa "Junto e Misturado"


O texto deste vídeo é de uma amiga:

Enteder é fundamental II

Reproduzo o post do Blog do Pimon


Tributos na conta de luz dobram sob governo Lula.

A carga tributária total do setor elétrico saltou de 35,9%, em 2002, para 45% em 2008, segundo estudo da PricewaterhouseCoopers e do Instituto Acende Brasil.
Nesse período, a arrecadação cresceu 115%, ao passar de R$ 21,4 bilhões para R$ 46,2 bilhões -resultado de mais de 20 tributos e encargos sociais e setoriais.
"É um abuso arrecadatório. O setor elétrico virou um varal onde se pendura todo tipo de encargo", diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales.
Todos os tributos tiveram aumento de participação na fatura de energia, mas o maior peso recai sobre o PIS/Pasep e a Cofins, cujo regime de cobrança mudou entre 2002 e 2004.
conta de energia elétrica-crop
Aqui a gente não vive de achismos, mercado é coisa séria!
TRIBUTOS!!!!!!!!!!!
ICMS: 151,48 – ESTADUAL !!!!!! 
Pis/Cofins: 28,62 – FEDERAL !!!!!
Pois é………………………………………………………………… os tributos FEDERAIS pesam demais!!!!!

Entender é fundamental.

Alimentos atingem preço recorde, diz ONU

Os preços globais de alimentos tiveram alta recorde em dezembro, segundo a agência da ONU para a agricultura e a segurança alimentar (FAO).
O Índice de Preço de Alimentos da organização ultrapassou o recorde anterior de 2008, quando os custos elevados provocaram protestos em vários países.
Desta vez, segundo um relatório da agência, a alta foi puxada pelos preços do açúcar, de cereais e óleos.
O índice, que mede variações mensais de uma cesta composta por laticínios, carne, açúcar, cereais e sementes oleaginosas, chegou a 214,7 pontos no mês passado, 8,7 pontos acima do valor de novembro.
Em junho de 2008, no recorde anterior, ele atingira 213,5 pontos.
Apesar da alta nos preços, o economista da FAO Abdolreza Abbassian diz que muitos dos fatores que causaram protestos em 2007 e em 2008 – como a fraca produção agrícola em países pobres – não estão atualmente presentes, reduzindo o risco de turbulência.
Mas o economista acrescentou que o “clima imprevisível” significava que os preços de grãos poderiam subir muito mais, o que seria “preocupante”, segundo ele.
Cheias na Austrália
No ano passado, uma seca forçou a Rússia a suspender exportações de trigo.
Já as cheias recentes em Queensland, na Austrália, estão começando a afetar preços de produtos exportados para mercados asiáticos, como Índia, Bangladesh e Japão.
A Austrália reduziu sua previsão de exportações de açúcar em 25%. Plantações de trigo também foram afetadas.
A notícia da alta nos preços de alimentos ocorre em meio a preocupações quanto à elevação nos preços de outras commodities.
Também nesta quarta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) disse que os preços elevados do petróleo ameaçariam a recuperação econômica em 2011.
Os custos para a importação de petróleo em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentaram 30% no último ano, chegando a US$ 790 bilhões, segundo a AIE.
Os preços do cobre, por sua vez, iniciaram o ano em alta recorde, movidos pela crescente demanda e pelo fato de que a maioria dos países têm mantido poucos estoques do metal.


Fonte: BBC Brasil


Além das especulações na bolsa de Chicago


Sim meus amigos, a alta dos alimentos não é um privilégio do Brasil.
É no mundo........e não mérito do governo Lula.


Nas entranhas dos interesses

Pra quem não conhece, PHA (Paulo Henrique Amorim) tem um Blog chamado "Conversa Afiada"


Abaixo reproduzo um post de seu Blog.











Navalha
O PiG (*
Abaixo tem o significado da sigla) criou as duas primeiras crises para  desestabilizar a presidenta Dilma Rousseff.

(Com o Lula foi a mesma coisa: a tentativa de Golpe começou no dia 1º. de janeiro de 2003.)

A primeira é o Battisti.

O PiG (*) chegou a dizer que a Itália ia invadir o Brasil.

Que a Europa ia romper com o Brasil. 

Porém, o presidente Lula tomou uma decisão que só a ele cabia, segundo a Constituição.

Certo ou errado (o Mino Carta acha que foi errado) é uma decisão do Presidente do Brasil, eleito pelo povo brasileiro.

Sobre isso, leia artigo de Mauro Santayana no Jornal do Brasil.

Agora, o PiG (*) ameaça a presidenta Dilma com uma ação na Corte Internacional de Haia, por causa de Battisti.

Sobre a decisão da Corte da OEA, em que a Lei da Anistia brasileira foi fragorosamente derrotada – apesar da brilhante defesa do Ministro Sepúlveda Pertence – sobre isso, o PiG se cala.

Agora, o PiG anuncia o desabamento da aliança parlamentar da presidenta Dilma.

Como se sabe, o presidente Lula e ela conseguiram criar uma base parlamentar ampla – na Câmara e no Senado –, que pode permitir importantes mudanças da Constituição.

Para aprovar uma Ley de Medios (lei que regulamenta a imprensa brasileira), por exemplo.

É tarefa do PiG derrubar a Dilma e/ou a base que a sustenta.

A primeira providência foi transformar Michel Temer em co-presidente.

Como (ainda) presidente do PMDB, Temer aparece no PiG como o Negociador-Mor, aquele que dá nó-em-pingo-d’água e torna possível um “precário” Governo Dilma.

Bom, o PiG é capaz de tudo.

Breve será capaz de dizer que, sem o Temer, a Dilma não se elegia.

Que quem elegeu a Dilma não foi a Dilma nem o Lula, foi o Temer.

Este ordinário blogueiro lembra que o PMDB é o velho PMDB de guerra.

Aquele que, como disse o Fernando Henrique do Moreira Franco, não pode ficar perto da chave do cofre.

É o mesmo PMDB do Governo do FHC.

É o mesmo PFL do Governo FHC.

A parte mais fraca da coligação vencedora fica forte na véspera de toda grande votação.

Isso é assim e assim será enquanto não vier uma reforma política.

E assim mesmo sempre haverá barganha.

E sempre haverá cofres.

Porém, é bom ficar claro: o Temer é vice-presidente.

Não é co-presidente.

Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Diplomacia em prol de...........


O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, publicou nesta quarta-feira 5 uma nota oficial em que nega a relação entre o salário mínimo e a disputa por cargos no governo. Leia na íntegra:
“Diante de tantas notícias, sobre tantos assuntos, nas últimas horas, envolvendo a presidência da Câmara dos Deputados, cabe esclarecer:
1) Salário mínimo
Em relação ao salário mínimo, o governo Lula fixou por meio de medida provisória o valor de R$540. Chegou a hora de o plenário debatê-lo e votá-lo. Muitas outras propostas virão.
Diante da responsabilidade que temos com o país e com o nosso governo da presidenta Dilma, queremos antecipar a este momento uma discussão séria com a área econômica. Buscar números e razões para enfrentar este debate, que não pode ser emocionalizado nem demagógico.
Essa medida tem graves repercussões nos estados e municípios e o PMDB quer sua bancada unida e consciente na discussão e na votação – apenas isto. Misturar esse tema com a definição de cargos na composição natural do nosso governo é uma absurda e imperdoável irresponsabilidade.
2) Eleição da mesa diretora da Câmara
O PMDB e o seu presidente, líder maior, Michel Temer, assinou um documento/compromisso com o PT – partido com a maior bancada na Câmara – baseado no respeito à proporcionalidade e aos direitos de cada partido. Tornou-se, portanto, compromisso de honra para o PMDB. O nosso candidato é o candidato do PT, deputado Marco Maia. Torcemos e trabalharemos para que ele se torne o nome do consenso dos partidos da base do governo, da oposição – dos maiores aos menores – e enfim, o presidente da instituição Câmara dos Deputados.
Henrique Eduardo Alves
Líder do PMDB na Câmara”

Sim, disputa por espaço no governo entre partidos coligados é normal.


Faz parte da política brasileira.


É preciso ter jogo de cintura e saber negociar.


Há muito interesse em jogo.


E o povo fica a mercê das ambições pessoais destes.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ministério da saúde informa: ouvir a CBN por mais de 15 segundos pode causar náuseas

Hoje passei o dia todo dirigindo com um som sem CD, então tive a infeliz idéia de ouvir a CBN.


O assunto do dia foi a crise NUCLEAR nos primeiros dias do governo da presidenta Dilma.


De 10 reportagens 11 eram sobre a "briga" entre os partidos por disputa de espaço no segundo escalão.


Notei que, quando colocavam entrevistas dos integrantes do PMDB falando sobre o assunto, todos eles se diziam satisfeitos com as nomeações, mostrando-se diplomaticamente de acordo com as decisões. Mas, quando a(o) reporter voltava para narrar a tal "crise", parecia o fim do governo, parecia o fim do mundo.


Diante disto, assim que consegui ligar meu Notbook, procurei pela noticia da tal "crise" em sites que não fazem parte dessa nossa "imprensa".


Eis a verdadeira noticia (imparcial) da "crise":



PMDB busca afastar crise com PT mas sinaliza que pode endurecer






BRASÍLIA (Reuters) - O novo presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), buscou nesta terça-feira afastar os ventos de crise com o PT por conta da disputa por cargos no governo Dilma Rousseff. Após encontro com líderes da legenda, ele disse que o partido está satisfeito com os ministérios que recebeu e viu como "secundária" a distribuição de espaços no segundo escalão.

"O PMDB tem cinco ministérios, praticamente a mesma cota que tinha com o presidente Lula. O PMDB está satisfeito e contemplado já com os ministros, e em questão de segundo e terceiro escalões, os próprios ministros vão tratar disso", disse Raupp a jornalistas.

Também presente à reunião, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), avaliou como positivo o adiamento das nomeações de segundo escalão, mas sinalizou que o partido pode endurecer com o governo.
"O PMDB adia essa discussão e aguarda um novo momento, mas sempre com a preocupação de que, na hora que for, haja um amplo diálogo, não só com o PMDB, mas com toda a base aliada, afinal somos um governo de coalizão", disse.
O discurso ensaiado de Alves e de Raupp demonstra que durante a reunião entre caciques peemedebistas, o vice-presidente da República Michel Temer conseguiu controlar a ânsia dos colegas de partido por novas nomeações.
Temer, que se licenciou da presidência do PMDB entregando-a a Raupp, também parece ter tranquilizado os peemedebistas em relação à perda de espaço nos cargos inferiores da administração.
O PMDB já acena, contudo, com uma leve pressão sobre o governo em pautas consideradas importantes na reabertura do Congresso em fevereiro. Alves citou, por exemplo, o debate em torno da medida provisória do salário mínimo.
"Queremos que a área econômica nos convença desse valor", afirmou numa referência aos 540 reais determinados na semana passada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Indagado se esse tema tem relação com a disputa por cargos no segundo escalão, Alves negou. "O que nós temos é uma preocupação legítima com o país."
Além de Alves, Raupp e Temer, participaram do encontro o presidente do Senado, José Sarney (AP), o senador Renan Calheiros (AL) e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
(Reportagem de Jeferson Ribeiro e Maria Carolina Marcello)

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