quarta-feira, 1 de junho de 2011

A nenhuma credibilidade do Estadão

Serei sucinto nesse post, pois a imensa reportagem publicada pelo Estadão é cansativa e não condiz com a realidade, mas, quem quiser ler a reportagem completa disponibilizo o link onde a reportagem esta completa no Blog VioMundo e no Blog do Nassif.




Segundo reportagens do Estadão, durante a decisão sobre a substituição de Agnelli no comando da vale o que pesou para que o Bradesco concordasse com o que de fato aconteceu, seria a continuidade do banco no Banco Postal dos Correios.


Abaixo coloco trechos da reportagem assinada por 11 jornalistas:


"...Na semana passada, a reportagem do Estado ouviu dois diretores da Vale e um ex-funcionário, três ministros, quatro parlamentares e dois advogados do sistema financeiro. Em comum, todos mantêm relacionamento direto com a mineradora e todos são ou foram (nos dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) intermediários de conversações e negociações da empresa com o governo...


...O estoque de trombadas políticas entre Agnelli e o Planalto é significativo, mas a síntese que melhor explica a queda do executivo é esta: os interesses empresariais do Bradesco, a partir da crise de 2008 e da parceria com o Banco do Brasil, definiram o destino de Agnelli...


...“Genuinamente, o Bradesco não queria a saída de Agnelli, mas pesaram os interesses empresariais (do banco) e, então, ele topou”, resumiu um executivo da Vale que pediu, assim como as demais fontes ouvidas, para não ser identificado...


...Atualmente, a exclusividade de uso do Banco Postal, da estatal Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), está nas mãos do Bradesco. Em 2001, o banco pagou R$ 200 milhões pelo serviço – desembolsa mais cerca de R$ 360 milhões ao ano por participação dos Correios na quantidade de transações realizadas nas agências do Banco Postal. O faturamento mínimo estimado para o Bradesco nesse segmento é de R$ 1 bilhão...


...O negócio financeiro da ECT vai ser licitado novamente neste ano e, agora mais do que nunca, o Bradesco evita confrontos com o Planalto, articulando, ao mesmo tempo, uma solução negociada para a escolha do substituto de Agnelli na Vale...


...Enquanto não decide o sucessor de Agnelli, o Bradesco trabalha para manter o Banco Postal nas suas mãos...


...Advogados que analisaram o edital dizem que o item 5.1.11.1 pode favorecer o Bradesco ao estabelecer que o valor total estimado para repasse à ECT, pelo período inicial de um ano, referente às transações bancárias, será de R$ 337,3 milhões. Como o Bradesco já opera o Banco Postal, é mais fácil para a instituição cumprir a regra do que um entrante..."


Ontem o Bradesco perdeu o leilão do Banco Postal para o Banco do Brasil.