sábado, 30 de abril de 2011

Pra descontrair.......rsrsrs!

Por Romanelli
Pras mocinhas que estão assistindo ao casamento da pequena plebéia virgem  ..e que estão suspirando por suas vidinhas tropicais ..suspirando por não terem encontrado um príncipe da Cornualha..
..bem, a estas eu digo que há outros sonhos pra se buscar, diversos deles, sonhos factíveis, paupáveis, reais

Os dez sonhos simples femininos de serem alcançados! 
1. Um deslumbrante vestido tomara que caia...
2. Uma calcinha tomara que tirem.
3. Um sutiã tomara que sustente.
4. Um absorvente tomara que não vaze.
5. Uma meia tomara que não desfie.
6. Uma celulite tomara que não percebam.
7. Um salto tomara que eu não caia.
8. Um namorado tomara que me ligue.
9. Um amante tomara que não broxe.
10. Um marido velho e rico, Tomara que morra!!!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A desindexação da economia.

Por Claudia Safatle
29/04/2011
No momento em que a inflação é o problema mais preocupante do governo, um grupo de economistas assumiu a missão de elaborar propostas para a desindexar a economia. O projeto que começa a ser desenhado é ambicioso e vai além dos contratos atrelados a índices de preços. Ele deverá abarcar os investimentos financeiros indexados ao DI (juros médios das operações interbancárias), a rentabilidade da caderneta de poupança e o que se chama entre os técnicos de indexação "oculta". Essa última se refere a preços que, apesar de serem livres, não obedecem aos ciclos econômicos e trazem, portanto, algum mecanismo implícito de correção automática.
Os estudos estão sendo conduzidos por técnicos do Banco Central, do Ministério da Fazenda e do Desenvolvimento e as medidas que eventualmente forem propostas não devem ser implementadas da noite para o dia.
"Já temos a radiografia, mas as saídas não são simples. Há um processo de indexação no sistema econômico que é muito maior do que a dos preços administrados. Tem a indústria de DI, atrelada aos balanços dos bancos, que afeta as operações de crédito e bancárias. Há a indexação de 34% da dívida pública mobiliária à taxa de juros Selic e outras formas não percebidas de correção automática de preços", disse um qualificado assessor da área econômica que está no centro dessa discussão.
Os preços administrados respondem por 30% do IPCA. Parte dos 28 bens e serviços que compõem esse universo tem contratos com reajustes anuais indexados a índices gerais de preço. Outra parte tem aumentos aleatórios, mas que acabam sendo referenciados à inflação já ocorrida. 
Os dados mostram que cerca de 70% dos preços livres também são corrigidos por algum mecanismo que leva em conta a inflação passada. Um exemplo disso são as negociações salariais que tomam como piso o percentual de aumento do salário mínimo. A empresa concede o aumento de salário reivindicado pelos trabalhadores e repassa os custos para os preços de seus produtos, explicam os técnicos.
É o que se espera, inclusive, que ocorra com os quase 14% de reajuste do salário mínimo já previstos para 2012. A questão do mínimo, porém, é vista pelos economistas do governo como um preço a pagar pelo efeito distributivo que "está comprovado que ele tem", disse uma fonte.
Não há intenção de iniciar o processo de desindexação de forma compulsória e em um curto espaço de tempo. "Nós queremos fazer isso de maneira amigável, criando incentivos e penalizações e obedecendo as regras de mercado", adiantou.
Nesse aspecto, as propostas em discussão se alinham a uma outra agenda não menos importante: montar uma estrutura de incentivos que estimule as famílias a fazer poupanças financeiras de mais longo prazo.
O estoque de aplicações em fundos e cadernetas de poupança soma cerca de R$ 2 trilhões. Esse dinheiro está em aplicações de curto ou curtíssimo prazo. Há, segundo esses técnicos, um número considerável de contas de pessoas físicas com depósitos cujos valores superam em muito o que seria normal para uma família fazer frente a despesas inesperadas. São, portanto, recursos que poderiam estar alocados em aplicações financeiras de mais longo prazo e que contribuiriam com o financiamento dos investimentos previstos para os próximos quatro anos, de cerca de R$ 1,3 trilhão.
Uma alternativa para substituir a inflação passada nos reajustes de preços de bens e serviços seria a meta de inflação, aponta um economista. A meta com a margem de tolerância poderia ser o fator de reajustes, tal como o Ministério da Fazenda fez com a tabela do Imposto de Renda: assegurou correção de 4,5% (centro da meta de inflação para este e para o próximo ano) até 2014. Nesse caso, não levou-se em conta a banda de tolerância de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo nem a possibilidade de redução do centro da meta.
Ainda são muitos os contratos atrelados à variação passada dos índices gerais de preços (IGP), como os aluguéis, setores ligados à educação e vários preços administrados. As tarifas de energia são reajustadas com base no IGP-M menos o ganho de produtividade (se houver). As tarifas de telefonia são reajustadas pelo Índice de Serviços de Telecomunicação (IST), calculado com base numa cesta de indicadores de inflação (IPCA, INPC, IGP-DI e IGP-M). Os índices gerais de preços são fortemente contaminados por choques de preços e quase sempre superam os preços ao consumidor.
" A desindexação não é uma decisão só do governo, mas da sociedade brasileira, por que ela deve envolver negociações de contratos, como os de energia por exemplo, e de negócios no sistema financeiro, entre diversos outros. Não pode, portanto, ser feita por decreto ou por medida provisória. Tem que contemplar toda a questão política", ponderou uma alta fonte oficial.
Quando, em 2009, o então presidente Lula imaginou mudar as regras de remuneração da poupança - TR mais 6,7% ao ano e isenção do Imposto de Renda- estabelecidas em lei, foi logo dissuadido pelas lideranças da oposição, que o acusaram de querer "garfar" o dinheiro dos mais pobres. A solução, naquele momento em que os juros eram declinantes e tornavam as cadernetas mais rentáveis do que os fundos de investimentos, foi provisória e não tocou na indexação. A saída foi cobrar o IR dos depósitos acima de R$ 50 mil a partir de uma taxa Selic inferior a 10,5% ao ano.
Na avaliação dos economistas oficiais, este será um passo essencial para se retomar, no futuro, o processo de redução da meta de inflação, estacionada há dez anos em 4,5%.
O avanço na desinflação, porém, só será possível se as partes envolvidas beneficiadas pela indexação e os partidos de oposição estiverem dispostos a olhar o país e não somente seus interesses mais imediatos.

Lula, um perigo para a construção civil.



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Como um jornalista tem coragem de assinar uma "reporcagem" dessas?


Quem vistoriou o buraco do metrô em São Paulo?


Ah para.......tenho coisa mais importante pra fazer!!!!!


Deixa eu voltar a ver o casamento real...........

Casamento Real e os súditos da mídia

Por Altamiro Borges

A busca por audiência não deve ser a única justificativa para a overdose midiática na cobertura do “Casamento Real”. Revistonas dão capas melosas para a união do príncipe William com a “plebéia” Kate. Jornalões gastam papel com fofocas e futricas. O pior, porém, ocorre nas emissoras de televisão – em todas elas, sem exceção. Blocos e blocos nos telejornais para divulgar banalidades.

A mídia corporativa parece adorar a vassalagem. É servil diante das monstruosidades imperiais dos EUA, assim como é vassala diante da monarquia decadente da Grã-Bretanha. A mídia dominante reproduz a ideologia das classes dominantes. Criminaliza os pobres e reverencia os ricaços – inclusive as ostentações e sandices da decrépita “família real”.

Monarquia decadente e parasitária

Na difusão dos valores “morais” da aristocracia, a imprensa sensacionalista deixa de lado até as agruras do capitalismo no país. No primeiro trimestre deste ano, o PIB britânico cresceu apenas 0,5% - após uma contração, também de meio por cento, nos últimos três meses de 2010. Milhões de trabalhadores estão sem emprego e salário, mas a mídia só fala no tal “casamento real”.

A decadente monarquia agradece tanta vassalagem. Com as festanças, ela tenta sair do atoleiro. No ano passado, a “família real” foi obrigada a cortar 12,2% das despesas oficiais com sua vida parasitária. Mesmo assim, a realeza custou mais de 46,1 milhões de euros para os contribuintes britânicos – seis vezes mais do que outra monarquia decadente, a da Espanha.

Eis o vilão da alta da gasolina.

A inflação, os juros, o câmbio e as pedras no caminho.

Por Luis Nassif

Coluna Econômica

Há um conjunto de confusões acerca da questão da inflação, juros e câmbio.
Vamos primeiro às certezas:
  1. A prioridade número um do governo é o combate à inflação.
  2. Há uma preocupação obvia com a taxa de câmbio e juros. câmbio
  3. Uma terceira prioridade é a manutenção da solidez fiscal e a meta de redução da relação dívida/PIB.
A estratégia original para perseguir esses três objetivos era:
  1. Reduzir o peso dos juros no combate à inflação, devido a duas contra-indicações principais:  afeta o câmbio e a dívida pública. A compensação foram as tais medidas macro prudenciais, de atacar diretamente o canal do credito, aumentar o compulsório e retirar os incentivos fiscais ao consumo.
  2. Gradativamente, ir comendo pelas beiradas os juristas - os defensores incondicionais da elevação dos juros -, na medida em que as medidas prudenciais começassem a surtir efeito.
  3. Promover uma mudança gradativa no centro dinâmico da economia, do consumo das famílias (como foi nos últimos anos) para investimento. Aí passa por uma engenharia complexa, reduzindo gastos de custeio, mantendo os de investimento, preservando políticas sociais.
No meio do caminho surgiram três pedras:
  1. A irresponsável expansão monetária norte-americana, injetando US$ 500 bi na economia mundial e botando fogo nos mercados de commodities e de moedas.
  2. Como conseqüência, no final do ano a explosão nos preços das commodities internacionais – alimentos, minérios e combustível.
  3. O terremoto no Japão, com impacto no custo da energia.
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Houve um conjunto de mudanças em relação ao cenário original.
Primeiro, a elevação na inflação anual acumulada, impedindo de mostrar plenamente os resultados das medidas macro prudenciais. O motor principal da inflação é o preço internacional dos alimentos. Mas existe também um aumento no preço dos serviços, fruto do aquecimento da economia – que não teria reflexos significativos se não houvesse essa inflação inesperada dos alimentos.
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Há vários sinais de início de desaquecimento da economia. Depois de um choque de preços agrícolas da magnitude do ocorrido, essa elevação da inflação deveria ser encarada com naturalidade, sabendo que tenderia a refluir com a entrada da safra.
Mas o mercado se aproveita dessa fase de transição para açular tremendamente as expectativas, destacando apenas variáveis causais ligadas aos gastos públicos e atribuindo a deterioração das expectativas ao abandono da política focada exclusivamente nos juros.
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O carnaval de expectativas açuladas inibe a Fazenda para tomar medidas mais drásticas contra a invasão de dólares. O BC foi obrigado a recuar da tática inicial e aumentar 0,25 ponto a taxa Selic. Enquanto isto, o dólar vai provocando um monumental estrago em toda a cadeia produtiva.
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Dia desses, demonstrei no meu Blog a lógica perversa da relação juros-câmbio. Alguns leitores indagaram se o governo não sabe disso. Claro que sabe. Ocorre que o fator inflação acaba se impondo e impedindo uma ação mais efetiva contra o câmbio apreciado e os juros pornográficos.

Fica-se em um banho maria aguardando o refluxo da inflação anual para reduzir o poder de pressão do mercado e recolocar em marcha a estratégia inicial.
Os sobreviventes agradecerão.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Acabou a farra do Açúcar.



Laryssa Borges
Direto de Brasília
Em uma tentativa de minimizar as recentes altas nos preços dos combustíveis, a presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira Medida Provisória (MP) que abre caminho para o aumento da regulação do setor de etanol. O texto altera a classificação do insumo de "produto agrícola" para "combustível", prática que permite que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) possa atuar na fiscalização do produto, sua comercialização, estocagem, exportação e importação.
A idéia da ANP é começar a igualar o etanol ao tratamento dado para os combustíveis derivados do petróleo. Atualmente o setor não tem uma política efetiva de formação de estoques, mecanismo que minimizaria as oscilações de preço, como na entressafra da cana-de-açúcar.
Na mesma medida provisória, também como sinalização de garantia de abastecimento e controle do impacto do preço dos combustíveis, o governo ampliou em dois pontos percentuais a faixa obrigatória de mistura do álcool anidro na gasolina. A nova banda de obrigatoriedade de mistura no combustível passou do intervalo de 20% a 25% para o de 18% a 25%.
Com isso, sem a necessidade de um mínimo de 20%, o governo adota mecanismos para controlar a pressão inflacionária que incide sobre o preço do etanol.

Estatal ou Privada?


Preço,hoje, do Litro da Gasolina na "fábrica"(PETROBRÁS ESTATAL): R$1,05
Preço, hoje, do Litro de Alcool Anidro na "Fábrica" (PRIVADO): R$2,47
Em 2000 o litro da gasolina nas refinarias custava R$ 0,89 Hoje, dez anos depois o preço do litro é R$1,05 um aumento de pouco menos de 20% EM 10 ANOS.
A matemática é uma ciência exata e contra fatos não há argumentos. A Petrobrás, apesar desse reajuste abaixo da inflação no período, é a 3º empresa da AL e 8º do Mundo.
E a Vale?
O preço do minério saiu da faixa de 10 US/t em 2002 para os atuais 177 US/t seria muita incompetência administrativa não acompanhar o mesmo crescimento concorda?
Eis o segredo do crescimento da Vale.
A Petrobrás é a 3º da AL e a 8º do Mundo.
Será que se Roger Agnelli fosse presidente de uma Petrobrás privatizada faria melhor?

Não sei, mas com certeza o preço da gasolina já estaria muito maior que 3 Reais. Talvez na casa dos 10.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Da série: "Tentando fazer o povo entender"

Do Blog do Pimon
Aline Rocha disse:
27 de abril de 2011 às 10:42
Gostaria de saber por qual motivo o combustível em Governador Valadares – MG esta custando tão caro ( gasolina R$ 3,20 e álcool R$2,70) ?
Nega, o seguinte: o açúcar tem preço livre, subiu de montão.
O usineiro, em vez de processar álcool, fez açúcar e mandou ver.
Faltou álcool, neguinha…. muito mesmo.
Puxa, ele subiu e carregou o preço da gasosa, que é OBRIGADA  a ter 24 ou 25% de álcool.
Minha charrete não suportaria rodar apenas com gasolina, o motor bateria pino… a taxa de combustão, com álcool, é diferente.
“Mas.. porque o governo não planta álcool?”
Pois é, por que o governo não retoma a Vale e faz o preço do ferro diminuir, já que ele subiu 100% em 2010?
Não dá, não é? Chama-se ato jurídico perfeito, já julgado.
A Petrobrás já começou a comprar usinas de álcool, é a solução.. mas a raça vai gritar… é estatal….. melhor que Shell, que é holandesa e toma conta do álcool, não?
Aliás, a importação é livre, a Shell poderia importar, não é?
A gasolina sai da Petrobrás por 1,00, mais ou menos.
Só em ICMS, que é do governador e só ele pode mudar, já entra com mais 1,00 real, 1,00 em ICMS.
O ICMS é calculado pelo topo e recalculado incidindo sobre ele mesmo… já pensou?
Mas é a lei, não a fiz assim e nem a Petrobrás.
Bota mais uns 0,40 centavos de álcool (diferencial), que a Petrobrás não planta e já temos uns 2,40.
E ainda nem chegou no caminhão que leva a gasolina até você.
E nem no posto, que fica com uns 0,25 centavos por litro.
Já deu quanto, uns 2,70?
Tem a Cide, que toma uma merreca e é também dos Estados, como da União.
E mais o PIS/COFINS, que é federal, uns 0,12 centavos. Serve pára equalizar preços, a gasolina no Brasil, na “fábrica”, está 20% mais barata cque nos EUA ou Alemanha.
E olha, tem lugar que vende gasolina por preço cartelizado, vende por quanto quiser, é a lei do petróleo, de 97, acho.
Aí é com a ANP, que é uma agência independente. Tem que abrir processo, Justiça, etc.. os postos de gasolina não são da Petrobrás e nem da Shell, são particulares.
Pronto, acho que te ajudei…. se ainda tiver dúvida… escreva.

Os verdadeiros culpados pela alta da gasolina.

Reproduzo post extraído do blog de Brizola Neto
A Petrobras está divulgando uma nota que não podia ser mais esclarecedora:
” R$ 1,05. É esse o preço do litro da gasolina, sem adição de etanol, vendida pela Petrobras desde 2009. Em 9 de junho daquele ano,houve redução de 4,5%. Desde então, não ocorreu mais nenhuma alteração no preço da gasolina vendida às distribuidoras na porta das refinarias.”
Isso representa 28% do preço pelo qual vem sendo vendido o combustível. A empresa diz que o resto são 40% impostos (27% ICMS imposto estadual e 13% CIDE, PIS/Cofins impostos federais) e  e 11%margens de lucro dos distribuidores e postos (privados) e 22% o preço do álcool misturado à gasolina à razão de 25%.
Portanto, em 10 litros de combustível vendido – a R$ 3 o litro, no posto -  há 7,5 litros de gasolina, que custam R$ 7,88.  E 2,5 litros de álcool, que custam R$ 6,06.
O litro da gasolina ( estatal) custa R$ 1,05 e o do álcool (privado) R$ 2,42.
Custava, há pouco mais de uma semana. Porque já está em R$ 2,72, segundo a cotação do mercado, hoje.
Reduzir a quantidade de álcool anidro (não é o mesmo que o hidratado, vendido nos postos) vai obrigar a Petrobras a importar, pois a nossa capacidade de refino de gasolina está esgotada e os investimentos da Petrobras em ampliar o número de refinarias – R$ 40 bilhões – são de maturação demorada.
Ou o Governo entra de sola sobre o setor alcooleiro ou leva a culpa que não tem pelo aumento dos combustíveis.
Enquanto isso as multis vão avançando sobre a indústria sucroalcooleira, dominando o processamento da cana.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Ambição Incontrolável.

Por Delfim Neto
Um número crescente de leitores de jornais e revistas voltou a comentar as ideias e discutir os argumentos de artigos e análises que tratam de política econômica. Isso no momento em que se trava uma discussão bastante nervosa em torno das taxas de inflação.
Há opiniões de gente do governo (e também de fora) que o momento não é propício a uma ampla discussão pública do problema, porque isso poderia deteriorar ainda mais as expectativas inflacionárias.
Concorda que essa é uma preocupação importante, mas a ampliação do debate hoje é necessária para que não prevaleça o pensamento único imposto à imprensa por grupos restritos que se julgam portadores de uma ciência econômica que, na verdade, não existe.
“Cientificamente”, os vastos recursos do sistema financeiro influem decisivamente na construção das expectativas de inflação.
São elas que dão o suporte necessário à elevação das taxas de juros.
Nosso papel é insistir em questionar esse mecanismo de criação das expectativas que o Banco Central acaba sancionando. No final, oficializa a estimativa de inflação que é do próprio sistema financeiro. Quando criticamos esse mecanismo, não estamos dizendo que a taxa de juros não é um instrumento válido para combater a inflação, mas sim que este é um processo perverso que pode pôr em xeque a própria democracia: quem controla a mídia acaba impondo a sua vontade.
Vivemos um período relativamente longo (nos anos que antecederam a eleição de Lula) em que o debate econômico estava interditado. Com a “virada de agenda” em favor do crescimento com inclusão social, parece ter renascido o interesse em discutir a política econômica de forma ampla, sem restrições.
Não há nenhuma razão para acreditar que a utilização da taxa de juros não possa ser acompanhada de medidas macroprudenciais no combate à inflação. Em um mundo ideal, em que tudo caminha bem, sem atritos ou restrições de qualquer natureza, a taxa de juros era uma coisa fantástica: bastava apertar um botão e ela subia, colocando a inflação no nível que o Banco Central desejava. Hoje, ninguém mais acredita que os bancos centrais saibam como controlar a inflação ou defende a ideia de que só existia um instrumento para fazê-lo. Nem mesmo os economistas do FMI manifestam essa crença.
Seguramente, o que se espera é que os Bancos Centrais prestem atenção em pelo menos três coisas:
1. A higidez do sistema financeiro, no que o nosso Banco Central foi mestre.
2. O controle da inflação, sobre o que tenho minhas dúvidas.
3. A utilização de medidas macroprudenciais.
No mundo real onde vivemos, cheio de complicações, é preciso observar primeiro se a elevação da taxa de inflação no Brasil é simplesmente produto de um excesso de demanda interna ou se ela é mais a consequência de um descompasso entre procura e oferta na estrutura interna do setor serviços.
Por mais que se queiram ignorar os fatos, a verdade crua é que o nível da taxa de juros brasileira propicia uma arbitragem que é incontrolável.
O governo está usando alguns instrumentos para reduzir o ritmo da sobrevalorização que ela permite. Mas não devemos ter dúvida, mantendo-se as oportunidades de arbitragem, a valorização não para. P que singifica que setores que produzem e precisam exportar vão continuar sofrendo imensos prejuízos.
As consequências são terríveis para a nossa indústria e logo também poderão infligir danos à agropecuária. Por enquanto, o campo se defende porque os preços externos dos alimentos estão nas alturas. Até quando vão continuar assim é impossível prever. O agronegócio poderá sentir menos que os demais setores os efeitos da variação cambial, porque o dólar terá de se ajustar no momento em que os preços agrícolas caírem. Mas ainda deve demorar um pouco.
Já há, contudo, alguns sinais de mudança na atitude dos organismos internacionais, indicando a possibilidade de se estabelecerem controles sobre o movimento de capitais. Há pouco mais de duas semanas, o FMI admitiu que, em “circunstâncias específicas”, o controle do fluxo de capitais pode vir a ser uma das ferramentas da política econômica dos países que estão sofrendo por causa da supervalorização de suas moedas.
Esses países não devem continuar a ser obrigados a assistir passivamente à erosão de sua base industrial sujeita à competição desleal de países mais espertos.

domingo, 24 de abril de 2011

Eles devem, nós pagamos com inflação

Por Brisola Neto
Em 2007, antes da crise econômica global, a dívida dos países ricos era de US$ 26 trilhões, e correspondia a 47% do PIB global. Apenas três anos depois, EUA, Europa e Japão passaram  a dever US$ 42 trilhões, 61% do PIB mundial.
Os dados estão numa matéria publicada hoje no Estadão e reafirmam a evidência de que é a economia do chamado mundo desenvolvido a responsável pela ameaça inflacionária que não é brasileira, mas mundial.
Aliás, vamos colocar o nome certo no boi: é a economia norteamericana, que responde por quase 40% do total desta dívida. A relação entre a dívida dos EUA e seu PIB era de  62% do PIB em 2007, vai a  99,5% em 2011 e  chegará  a 112% em 2016.
E porque acontece isso? Porque a política  seguida pelos bancos centrais dos principais países desenvolvidos, vem sendo a de adotar uma maneira ultra-agressiva para tentar reativar a economia e diminuir o desemprego: expandem a circulação de suas moedas – que têm liquidez em todo o mundo.  Essa liquidez  está  gerando grandes fluxos de capital e aumentando o preço das commodities mundo afora ( princípio monetário da economia: + dinheiro em circulação, + demanda= aumento de preços).
E, claro, estes aumentos de preço se refletem na expansão do crédito e nos preços das mercadorias que guardam relação com aquelas  matérias primas ou insumos: ferro, aço, petróleo, açúcar, etc…(conseqüentemente aumento de preços de seus derivados)
Só ao final da 2ª Guerra o endividamento americano expandiu-se da forma que ocorre hoje. Mas as rezões e circunstâncias eram outras, totalmente diferentes. O plano Marshall reconstruía a Europa em bases modernas – com elevação dos níveis tecnológicos e de bem-estar social – e economicamente vinculadas à hegemonia america, o fluxo mundial de capitais era muito mais industrial que financeiro, o dólar era entesourado fisicamente como reserva de valor, enfim, os efeitos inflacionários eram muitíssimo menores.
Os EUA continuam tendo o privilégio de emitir moeda mundial, mas com muito menos liberdade. Certo que não se vislumbra nenhum efeito de fuga de capitais, até porque – paradoxalmente – uma ruptura na capacidade americana de financiar sua dívida criaria reflexo tão negativos no mundo que o próprio dólar se elevaria, pelo poder que representa.
A hegemonia econômica americana é um sistema, como eu disse aqui, autofágico. Como acontece com os impérios em seu declínio, é seu o veneno produzido por seu próprio gigantismo que acaba por derrubá-los, não os seus adversários.

O ICMS arrecada mais que o IR



O ICMS chega a ser mais caro que a essência, a energia.

Mas não adianta reclamar com a Dilma.

O ICMS é um imposto estadual, ou seja, do GOVERNO do seu ESTADO.

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A saúde, educação e segurança pública da sua cidade também é precária?

Pois é, responsabilidade do GOVERNADOR e PREFEITO.

Sabe qual a responsabilidade da PRESIDENTE pela falta destas necessidades básicas na sua cidade?

Mínima, pois o PRESIDENTE da república disponibiliza recursos (dinheiro) para os GOVERNADORES e PREFEITOS e são eles os responsáveis pela manutenção e gestão destes recursos nos setores acima citados.

Temos que entender como funcionam as coisas para sabermos de quem cobrar.

O peso da carga tributária sobre o salário no Brasil.




A redistribuição de renda num país tem como ponto principal uma política tributária mais justa.


Se tivéssemos o retorno dos impostos pagos em serviços públicos de necessidades básicas (Saúde, Educação e Segurança) previsto na constituição federal, já seria meio caminho andado.