domingo, 16 de janeiro de 2011

Bela poesia

CAMINHOS
A boca maldita

Caminhos escuros imaginados por alguém, caminhos de flores
Caminhos escuros que não são bons pra ninguém, caminhos de dores
Caminhos bonitos, caminhos das drogas caminhos de horrores
São caminhos sofridos, mas não importa, pois também tem os seus valores
A seta indica, aponta e te mostra a direção do caminho
Indiscreta te obriga a não se dar conta de seguir o teu destino
Os olhos não enxergam, a mente dorme o coração não sente
Os caminhos se atropelam e agente sofre num turbilhão inconsciente
O caminho da tarde serena onde impera a calma do silencio
O caminho que invade e queima, te seca e da um tormento
Caminhos onde se perde da vida os anjos da infância
Caminhos que florescem na caída do choro da esperança
Caminhos trilhados, vividos sobre a sombra do seu passado
Sozinho ilhado com o inimigo que te assombra com seu cajado
O caminho da cruz que te da luz, te cega, te lambe e seduz
Anjinho de capuz, que olha, que induz e te injeta no sangue o pus
Caminhos tortuosos, bem quistos, malditos por serem de riscos
Caminhos inglórios benditos nem sempre vistos, porém, vividos
No caminho a estrada um moleque parado no tempo sem beira nem eira
Sozinho na risada um chiclete com conhecimento folhas secas de areia

Caminhos de guerra das conquistas humanas o caminho da paz
O caminho das trevas da rotina mundana do destino que ali jaz
O caminho do crime, do amor, do peregrino que paga a promessa
O caminho da estirpe, da dor, o caminho da bala que vem ate sua testa
O caminho da redenção, da forca, o caminho sublime que dói
O caminho do vilão que abatido pela força sozinho revive o herói
O caminho dos cordeiros que o pastor ressuscita com seu hino
O conflito do fuzileiro, o furor do israelita contra o palestino
O caminho do pai, do filho e do espírito santo o abismo de rosas
O espinho que sai, sofrido e doído do canto do filho que vai embora
Melancolia profunda, insana, covarde, implacável
A covardia imunda, profana que arde inflamável
O caminho do diabo vindo ate mim e fazendo sua proposta
Num cantinho agachado um lindo querubim querendo ouvir a minha resposta
O caminho de casa, na madrugada, a noitada, o canto do sabia
Dormindo na sala quase acordada esgotada de tanto esperar
O caminho dos ratos que seguem a flauta que arrebanha a massa humana
Dormindo acordado, preso na jaula estranha essa raça mundana
O caminho da liberdade, afinal, ser livre de que?
O caminho sem finalidade, afinal, ser livre pra que?

Nenhum comentário: