sábado, 7 de maio de 2011

O mercado continua dando as cartas.

Passado o pânico do colapso mundial gerado pelas finanças desreguladas, os mercados voltam a dar as cartas ocupando o vazio político propiciado pelo acanhamento estratégico da esquerda diante da desordem rentista. A palavra de ordem é arrochar os gastos do Estado  para digerir a reciclagem dos débitos privados em endividamento público, modelo que consagrou a convalescência da crise sem atacar as suas causas. O resultado é a emergência de uma nova safra de Estados zumbi, tangidos pelo FMI e indiferentes ao protesto de quem vai pagar a conta em última instância: milhões de desempregados.
Fatos: enquanto Hillary Cliton tem frêmitos diante da cabeça de Bin Laden, desemprego nos EUA atinge 14 milhões de pessoas, segundo Paul Krugman, e vai a 9% fa força de trabalho;
b) Portugal cortará investimentos em saúde e educação; estatais serão privatizadas, salários e aposentadorias serão congelados: taxa de desemprego deve atingir 13% em 2013;
c) Espanha: desemprego bate recorde e atinge 21,3%, o maior entre os países industrializados; governo se antecipa às exigências dos mercados , corta gastos e investimentos; em algumas regiões, caso da Andaluzia, taxa de desemprego passa de 29%;
d) Grécia: arrocho imposto pelos mercados piora a situação das contas públicas; déficit fiscal salta para 10,5% do PIB (meta era 8%)  com a queda de receitas gerada pela recessão, o desemprego e corte de investimentos públicos;
d) Irlanda, um caso terminal, debate-se na mesma endogamia viciosa de arrocho fiscal/recessão para debelar um déficit impossível: 32% do PIB em 2010.

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