quarta-feira, 4 de maio de 2011

Bin Laden está morto? E o corpo?

Por Paulo henrique Amorim


Este ansioso blogueiro está impressionado com a reação de amigos navegantes à ação americana que matou Osama Bin Laden.

Primeiro, de ceticismo: não, Bin Laden não morreu.

Cadê o corpo ?

Como se o Obama ousasse desafiar os americanos, o  mundo e o Partido Republicano com o anúncio de uma patranha. 

Ou de indignação: foi um ato imperial.

Até o reparador de iniquidades, Stanley Burburinho, regiamente pago colaborador deste ansioso blog, pareceu cético e revoltado.

No universo do twitter, então, a descrença é generalizada.

Percebe-se até a velada esperança de que os adeptos de Bin Laden derramem sangue pelo mundo, num ato de vingança e reparação.

Neste sentido, a Folha (*), hoje, na primeira página, é exemplar: “Morte de Bin Laden desencadeia (sic !) medo de onda global (sic !) de atentados”.

Bom Retiro, Higienópolis, cuidado !

A Folha anuncia o banho de sangue reparador como se tivesse inside information do compound de Abbottabad.

Nenhum órgão de imprensa no mundo pretendeu disseminar tanto pânico quanto a primeira página tresloucada – e provinciana – da Folha.

Vamos supor, amigo navegante, que num dia de semana, numa manhã de sol, na esquina de rua Augusta com a avenida Paulista, no gigantesco prédio do Conjunto Nacional, 3 mil brasileiros se preparassem para começar o dia de trabalho.

Vamos supor que dois aviões pilotados por agentes de Bin Laden se lançassem contra o prédio e matassem os três mil brasileiros – e alguns não-brasileiros que ali estavam.

Vamos supor que um terceiro avião pilotado por Bin Laden caísse em cima do Palácio do Planalto, em Brasília, na mesma hora, e matasse alguns funcionários.

E que um quarto avião caísse nos jardins do Palácio do Alvorada, porque heróis brasileiros se engalfinharam com os terroristas a bordo, e frustrassem o objetivo de destruir o Palácio e quem o ocupasse no momento.

Vamos supor, amigo navegante, que a ABIN, sob a liderança do ínclito delegado Paulo Lacerda, descobrisse que Bin Laden estava numa casa perto de Islamabad, capital do Paquistão.

Que a diplomacia brasileira há muito tempo desconfiasse que o Governo do Paquistão e seu discutível serviço de inteligência colaborassem com Bin Laden.

Vamos supor que a presidenta Dilma Rousseff ficasse sentada em cima das mãos.

Sabia onde estava Bin Laden e não fazia nada.

Ou, se resolvesse desfechar a Operação Gerônimo, agentes especiais da Marinha brasileira fossem recebidos a bala por Bin Laden.

Mas, em respeito aos princípios, os agentes especiais da Marinha brasileira convidassem Bin Laden para acompanhá-los a uma delegacia para fazer um BO e, em seguida, encaminhá-lo a ao Ministério Público do Paquistão.

O que diria a Folha ?

O que diriam os céticos amigos navegantes ?

Que a Presidenta é uma frouxa !

O que diria o Padim Pade Cerra ?

Que além de frouxa ela estimula o aborto !

O que diria o Ali Kamel ?

A Eliane Catanhêde ?

A urubóloga ?

Frouxa ? Covarde ? Incompetente ? Desalmada ? E os mártires do Conjunto Nacional, como reparar a dor das famílias ?

E o que você, amigo navegante, pai daquela jovem que foi trabalhar naquela manhã de sol no Conjunto Nacional, como reagiria  ?

O que você diria ?



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Comentário de Carlos Henrique extraido do Blog Conversa Afiada


E o que dizem os pais dos milhões de jovens muçulmanos que o terrorismo estadunidense mata diariamente, com muito mais “eficiência” do que a Al Quaeda. Repudio qualquer tipo de terrorismo, mas só um cego ou um fanático não perceberiam que os EUA e Bin Laden são igualmente terroristas, com uma “vantagem” para os ianques : têm muito mais poder de destruição. Além de atacarem o mundo árabe movidos apenas por sua ganância.


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Exatamente, Cadê o corpo?


Se Bin Laden está - e eu acho que, à essa altura, seria uma irresponsabilidade não estar - forma-se então um novo vilão nessa história toda..........o governo Pasquitanês.


O que o EUA precisa agora, é implantar na opinião pública um argumento convincente - e eles são bons nisso - para manter suas tropas dentro daqueles territórios.


Ah o petróleo!!!!!

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