segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A China e a Inflação

A China vai ampliar seu empenho de combate à inflação em 2011, ao mesmo tempo em que continua a reestruturação econômica para sustentar o crescimento robusto, disse a mídia oficial no domingo, depois do fechamento da conferência anual de definição de políticas econômicas.

A Conferência de Trabalho Econômico Central, encabeçada pelo presidente Hu Jintao, reafirmou uma guinada para uma política monetária "prudente." Semana passada, a política tinha sido definida como "apropriadamente flexível" pelo governo do Partido Comunista.

A mudança de estratégia, aliada à apreensão com a inflação, deve levar a aumentos mais agressivos das taxas de juros e maiores restrições a empréstimos, dizem analistas.

"A prioridade é controlar adequada e ativamente a relação entre a manutenção do crescimento econômico relativamente rápido e estável, a reestruturação econômica e as expectativas de inflação," disse a mídia oficial, citando uma declaração da conferência.

"A reestruturação econômica estratégica será acelerada e níveis de preços estabilizadores terão posição proeminente."

Pequim está tentando promover o consumo doméstico a fim de reduzir a dependência das exportações.

A liderança prometeu estabelecer um teto para a liquidez no sistema bancário, alimentado por fluxos de capital crescentes, e direcionar mais empréstimos para a economia real, de acordo com a mídia oficial.

A inflação da China disparou em números superiores às previsões, atingindo a maior alta em 28 meses em novembro e mostrando sinais de que não se restringe aos preços de alimentos, aumentando a pressão para que o governo adote políticas mais rigorosas. 
Outros índices econômicos em pauta no sábado devem ter dado ao governo chinês a confiança para intensificar os controles, uma vez que os sinais indicam um impulso de crescimento impressionante na segunda maior economia do mundo.

Na sexta-feira, o banco central aumentou os depósitos compulsórios dos bancos terceira vez em um mês para aparar os excessos de capital na economia. A alta da inflação sugeriu que uma ação mais resoluta era necessária.

"As atuais medidas de controles macros são um pouco relaxadas. A chave é observar como serão implementadas no começo do ano que vem," disse Dong Xian'an, economista-chefe da Industrial Securities, em Pequim.
Fonte: Reuters Brasil

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