quinta-feira, 30 de junho de 2011

Os" irmãos cara-de-pau": Dólar e Juros.

Por Fernando Brito:



O dólar fechou hoje na mínima cotação desde antes da crise mundial de 2008; R$ 1,562.
Sinal de que o capital estrangeiro continua entrando a rodo na economia.
Na Folha, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel,  que o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não foi suficiente para reduzir o fluxo de capitais ao Brasil.
Segundo ele, “o sinal amarelo está aceso” e será preciso tomar medidas adicionais.
“Pimentel disse que o capital continua a entrar no Brasil, ainda que de forma camuflada. Além das medidas no curto prazo, ele defendeu que, no longo prazo, só há uma forma de desestimular a entrada de recursos financeiros no país: reduzir a taxa básica de juros.
“Temos juros incompatíveis com os fundamentos da economia. A economia brasileira é sólida o suficiente para reduzir os juros”, disse o ministro.
O ministro está certíssimo. Como passarinho quer alpiste, capital internacional ( e nacional, dos bancos e empresas que tomam dinheiro lá fora) quer lucro rápido no que chamam de  “arbitragem”: pegar dinheiro lá fora a 2% ou menos e aplicar aqui nas nossas taxas estratosféricas, elevadas ao espaço sideral em nome do combate à inflação.
Quem paga a diferença – nisso, não há dúvida, embora não haja ninguém na grande mídia vociferando com este mau negócio – é, aí sim, o dinheiro público, do Tesouro, que tem de “enxugar” a liquidez de moeda provocada pela conversão em moeda brasileira da “enxurrada” de dólares entrantes. E, para isso, tem de vender títulos. E títulos, claro, pagando o “taxão” fixado lá em cima.

Nenhum comentário: