quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Paulo Henrique Amorim

Na primeira página, o Valor anuncia a hecatombe universal.

Tombini cortou 0,5 ponto percentual da Selic porque há um “inquestionável” (sim, agora se usa adjetivo em “reportagem” de Economia …) desaquecimento da economia doméstica.

Além da “forte (sic) deterioração da situação externa”. 

Na primeira página da Folha (**) lê-se que o Banco Central agiu “sob pressão” (sic).

Qual ?

A irrelevância do PiG (***) ?

Contam amigos navegantes que, nesta quarta-feira, à noitinha, na rádio que troca a notícia, a CBN, a Urubóloga e um âncora gastaram 96 minutos da santa paciência do ouvinte com uma análise profunda sobre o que o Tombini ia fazer.

Erraram tudo.

Por que não esperaram a decisão que vinha a seguir ?

Não !

Eles sabem mais …

Na Folha (**), ainda, na segunda página, se sabe que não há explicação possível para o gesto irresponsável do Tombini: ele cedeu à pressão (vai ver que essa é a “pressão” …) política (só pode ser da Presidenta).

Quando o Henrique Meirelles, que foi presidente mundial do BankBoston e, ocasionalmente do Banco Central, aumentou os juros, no auge da crise do banco Lehmann, em 2008, ninguém disse que ele agiu “sob pressão” dos pares – os banqueiros.

Clique aqui para ler “A Presidenta avisou: corta que os juros caem”, onde há referência a uma “traição” do Meirelles descrita pelo Delfim.

O que Tombini deixou claro, primeiro, é que não fez nem pretende fazer carreira em banco privado.

Segundo, que, de fato, o esforço que o Governo Dilma faz para cortar gastos vai dar certo.

E, terceiro, que “o jornalismo de Economia no Brasil não é uma coisa nem outra”.

A frase é do Delfim, mas ele nega peremptoriamente.


Paulo Henrique Amorim

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