Outra revelação da pesquisa é que as áreas de risco não estão concentradas apenas na região metropolitana e no litoral. No total, são 173.978 domicílios localizados em 3.042 locais impróprios que estão espalhados por 232 municípios dos 645 do Estado de São Paulo.
A maior incidência do problema, no entanto, ocorre mesmo na região metropolitana da capital, onde 92% das cidades têm famílias vivendo em locais inadequados e sujeitos a desastres ambientais. Só o município de São Paulo responde por 562 áreas de risco identificadas - 18,5% do total -, com 36 mil domicílios.
Conforme os cálculos da Fundação Seade, vinculada à Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento Regional do Estado de São Paulo, cada domicílio tem em média três moradores. O levantamento foi feito no decorrer do ano passado e pesquisou 594 dos 645 municípios paulistas. O estudo inédito vai nortear as ações da Secretaria da Habitação na remoção de moradores dessas áreas e consequente reurbanização de favelas - 4.153 distribuídas em 133 municípios, 20% do total do Estado.
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Que as ações que forem tomadas sejam feitas com responsabilidade social, preservando a integridade da população e respeitando seus direitos.
Que não seja usada essa pesquisa como argumento para remoção dessas familias, de areas economicamente valorizadas, para a periferia ou lugares afastados mudando toda uma estrutura de vida já construída durante anos.
Que esse estudo não sirva de argumento para expelir a população socialmente indesejada (essa "gente diferenciada") das áreas de alto valor imobiliário.
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