quinta-feira, 31 de março de 2011

Serra vendeu tudo. Só sobrou um imóvel aqui e um terreno lá.

Do Transparência São Paulo
Entrevista desta semana do Secretário Estadual da Fazenda, Andrea Calabi, aponta quais as metas do Governo Alckmin para as finanças públicas do Estado de SP. Sua análise é contundente, representando ruptura com o governo Serra em alguns temas e a continuidade em outros.
Como ruptura, teremos o fim dos questionamentos junto ao governo federal em relação ao indexador da dívida pública estadual (o IGP-DI). Esta frente de batalha do governo Serra não será continuada por Alckmin. Para fiscalistas convictos, nas palavras do próprio secretário, “ao discutir o IGP-DI você abre brecha para trocar o contrato da rolagem da dívida. (…) Você destampa uma caixa de Pandora.”
As continuidades, por outro lado, serão inúmeras: primeiro, o governo Alckmin planeja continuar a “derrama tributária” por duas vias: mantendo a substituição (antecipação) tributária do ICMS implantada na gestão anterior e adotando novos impostos, tais como a “contribuição de melhorias” estadual.
Esta busca por aumento das receitas próprias será direcionada para a manutenção de níveis mais elevados de investimentos, alcançados na gestão Serra.
Os investimentos, por outro lado, também serão sustentados através de recursos federais e recursos junto a instituições financeiras internacionais, mais uma continuidade em relação à gestão Serra.
Neste quesito, parece que, pelo menos por enquanto, a gestão Alckmin será menos “mal agradecida” do que a gestão Serra, reconhecendo o esforço federal no financiamento de investimentos no Estado de SP.
O curioso nesta matéria é que Calabi reconhece que, tirando a CESP (que pode render uns R$ 6 bilhões), não há mais o que vender no Estado de São Paulo -, apenas alguns terrenos aqui e ali.
Resumo da situação: privatizaram tudo o que podiam, agora só falta o Palácio dos Bandeirantes.

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